sábado, 20 de dezembro de 2008

Ensaio sobre a cegueira - CINEMA

Antes de mais, quero dizer que não vai ser fácil para mim falar deste filme, porque é uma adaptação de um livro que todos conhecem daquele que embora nem todos admirem mas certamente sentem orgulho pelo nobel, Saramago. Ok, sei que já fiz e vou fazer críticas a filmes adaptados mas este é especial, afinal, é português e por isso devo-lhe respeito. Para acrescentar a isto, confesso que nunca li nenhum livro de Saramago.


Vamos pôr de lado as devidas desculpas e passar ao que interessa: o filme!


O filme ensaio sobre a cegueira isoladamente do livro é um bom filme, sem ser extraordinário. Tem algumas boas representações, em que destaco, como é óbvio a de Julian Moore, de quem sou fã, cenários suficientemente arrasadores para dar alguma globalidade ao filme, (não sendo este factor determinante no filme em questão) e uma realização do já aclamado Fernando Meireles, do qual fiquei fã na "Cidade de Deus", mas que aqui, e embora alguns momentos o façam reconhecer, fica muito aquém das minhas expectativas.


Guardo o melhor para o fim, inevitavelmente, a história. Esta é a razão e provavelmente temo dizer que quase a única que pode fazer valer a pena ver o filme. O argumento é tão bom que paga o filme. Fiquei inebriada com a história, a movimentação das personagens, o desenvolvimento sempre surpreendente e a constante sensação que todos sabemos de tudo aquilo mas não vemos o está mesmo ali à nossa frente.


Uma metáfora perfeita da nossa sociedade, vista de forma muito original, angustiante, pesada e tão profunda que me levou a dizer: tem este senhor isto tudo na cabeça?! É negro! Como consegue viver? (se calhar porque às vezes inconscientemente, preferimos não pensar muito nisso).


Fiquei muito impressionada com este argumento e com vontade de ler este Ensaio sobre a cegueira de Saramago, porque tenho a certeza de que esse sim deve ser claramente melhor!


Pude ler um excerto do livro, que penso que diz tudo!


"Por que foi que
cegámos, Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a
razão, Queres que te diga 0 que penso, Diz, Penso que não
cegámos, penso que estamos cegos, Cegos que vêem, Cegos
que, vendo, não vêem."


Saramago

Gran Torino - CINEMA

Eu adoro cinema! Esta foi a primeira frase que me ocorreu quando acabei de ver este filme! É maravilhoso ver representações como esta que Clint Eastwood nos trás neste filme, em que desenvolve um personagem que nos reporta para os tempos de Dirty Hary, uma personalidade marcante, rígida, mas brilhante!

A história desenvolve-se à volta de Walt Kowaski (Eastwood), um idoso reformado do exército Norte Americano que combateu na guerra da Coreia, extremamente nacionalista (um exemplar perfeito, de muitos americanos reformados), anti-social, xenófobo, trás em si um conjunto de mágoas que não o deixam sorrir e que o revoltam contra tudo e todos. Gran Torino é nome do carro que o jovem Thau Van Lor (interpretado pelo estreante Bee Vang) tenta roubar a Kowaski e que dá inicio a uma ligação entre os dois que mudará tudo para sempre.

Não querendo desvendar mais sobre o fime, o que vos digo é que estamos perante uma grande representação, uma excelente realização também de Eastwood, num argumento que nos leva a pensar como ainda que tarde estamos sempre a tempo de nos redimir-mos, alterar prespectivas e opiniões e acima de tudo ser felizes. O personagem faz as pazes consigo e encontra a sua causa, talvez mais importante que a do seu país.

Esperamos portanto várias nomeações para os óscares de 2009, tanto na categoria de melhor filme, como de melhor realizador, entre outras, mas principalmente a de melhor actor principal na qual ansiamos que o óscar vá direitinho para ele.

Pequena curiosidade é no filme termos dois filhos de Eastwood, Scott Eastwood no personagem de Trey e Kyle Eastwood que é um dos autores da musica original (com quem já tinha trabalhado em "As pontes de Madison County").

Quero deixar uma atenção para a música do fime escrita pelo grande Eastwood, da autoria (como já mencionei) do filho e interpretada por Jamie Culum (que adoro). Muito bom!



terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Poema do Armando

Armando, ainda bem que gostou do novo look do nosso blog. Fiquei muito contente por ter feito um poema sobre isso, que por sinal gostámos muito. Vou por isso partilhá-lo, com gosto, no nosso blog, que é um espaço de todos!

Ofereço-lhe uma foto tirada por mim, a uma das coisas que mais gosto de Lisboa, que tanto a caracteriza e de que tanto nos orgulhamos, a calçada portuguesa!



segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

É NATAL! É NATAL! É NATAL!


Começa hoje, a época Natalícia, por isso queremos desejar a todos um muito FELIZ NATAL, com muita, Saúde, Paz, Alegria e principalmente com espírito muito ZEN!