Changeling / A Troca - CINEMA

Numa tarde de frio, depois do Natal e Passagem de ano, é bom dar um saltinho ao cinema para a ver uma das novas estreias: Changeling.

Como já vos disse numa das minhas mensagens anteriores sobre cinema, sou uma grande fã de Clint Eastwood e aqui temos mais uma oportunidade de experimentar o seu génio cinematográfico fantástico, sendo este filme, argumento e realização de sua autoria.

O autor reporta-nos ao ambiente que se vivia nos anos 20, com uma LAPD corrupta e pronta a fazer de tudo para manter a sua imagem intacta, quando, Christine Collins (Angelina Jolie), uma mãe que vê o seu único filho, Walter collins, desaparecer sem deixar qualquer rasto, iniciando assim uma luta com esta polícia na procura da verdade sobre o paradeiro do seu filho, tendo apenas como ajuda o Reverendo revolucionário Gustav Briegleb (John Malcovich).

Prevê-se que este seja também um dos fortes candidatos aos Óscares de 2009, tendo já arrecadado 2 nomeações para os Globos de Ouro, nas categorias de melhor argumento e melhor actriz em drama.

O que posso dizer, é que o ambiente do filme tem sem dúvida o cunho de Eastwood, mas principalmente o argumento muito interessante, que nos leva a reflectir sobre o poder da polícia nesta época e inevitavelmente o papel da mulher numa sociedade desigual. A representação de Angelina Jolie, surpreendeu-me, não posso dizer que esta seja uma das minhas actrizes preferidas, mas algumas das suas últimas escolhas de filmes têm, sugerido a vontade de querer ser mais do que uma "Lara Croft", tendo demonstrado neste filme segurança e uma representação que imprimiu o dramatismo e poder de personalidade a esta personagem, está portanto de parabéns, mas não digo para já que seja ela a vencedora, a ver vamos!

Não saindo ainda do universo das representações, deixo uma referência para o personagem representado por John Malcovich, que confesso, (se calhar para surpresa de muitos e talvez alguma revolta) não admiro muito, mas que aqui vai suficiente bem, neste personagem forte, não sendo, para mim, fantástico.

Vale portanto bem a pena ver, mais que não seja por ser mais um filme da autoria de Eastwood e Jolie a representar muitíssimo bem!