terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Expiação - Atonement


Lá fomos nós mais uma vez fazer uma das coisas que mais prazer nos dá: ir ao cinema.

Desta vez, íamos para ver "Eu sou a lenda" e no momento que chegámos ao balcão pensámos o costume: "...ok, já vimos o trailer e como é 6ª feira e estamos cansados, queríamos mesmo era ver um daqueles filmes que não dão para pensar, ou seja puro entertenimento!", mas em vez disso chegámos a conclusão do costume:"...o cinema tá caro demais para gastar dinheiro em filmes que...bom...à partida já sabemos que...são... puro entertenimento!" (ah!) (...mas, também têm o seu valor!). Passámos então à cena seguinte, ver um filme, que apesar de sabermos pouco sobre ele, á partida, parecia dizer-nos mais, e disse!


É sempre bom sentir a sensação de dinheiro bem gasto, mesmo que neste caso seja em cinema e nestas coisas da arte é tudo muito relativo. Gostámos muito do filme, para dizer a verdade surpreedeu-me, porque do pouco que sabíamos é que era do mesmo realizador de "Orgulho e Preconceito" (Joe Wright) que não gostei particularmente, embora tenha sido nomeado para uma quantidade de óscares.


Não me querendo alongar muito sobre o argumento, tráta-se de uma história de amor e de alguém que vigia esse amor e com isso consegue afectá-lo definitiva e irremediávelmente. A realização perfeita, para um filme de época, com cenários de guerra que nos reportam para segunda guerra mundial, uma fotografia que enaltece também esse aspecto, paisagens e ambietes da época muito bem conseguidos. O guarda roupa foi um dos aspectos que eu particularmnte mais gostei, consegue-se notar mesmo através da tela, a qualidade dos tecidos utilizados, pela forma como caiem e os modelos e cores absolutamente fantásticos (reparem no vestido cor-de-rosa da personagem Lola Quincey e no vestido verde da personagem Cecilia Tallis). Tenho de falar também das representações, principalmente dos actores principais, pelo facto de Keira Knightley (Cecilia) se apresentar num registo completamente diferente, do seu último filme "Piratas das caraíbas", penso que neste filme ela se encontra de novo no seu mundo; o actor, James McAvoy (Robbie), que simplesmente adoro, já o tínha visto no "Último Rei da Escócia" e penso ser uma boa promessa para futuros filmes.


O melhor do filme é sem dúvida o argumento. A história vai, na minha opinião, muito além daquilo que parece e que acima refiro, o filme num todo deixa-nos a reflecção de que temos de, mais do que tudo, urgentemente, agarrar-nos à felicidade e acima de tudo perceber quando somos realmente felizes e que um pequeno instante, um acto sem o menor significado, pode mudar tudo e fazer com que algo de muito importante nunca aconteça. Não vamos querer acabar como no fim do filme, imaginando o que poderia ter sido!

2 comentários:

  1. Bem já passei por aqui de relance, muito rapidamente, porque esta semana o tempo tá muito curto, mas deixo um olá e obrigado pelo texto de apoio ao filme, lol. Se dúvidas tinha em ir ao cinema ver este filme fiquei sem elas.
    Em breve terão novas minhas, lol.
    Jocas.
    Fernando Dantas??? :)

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